
Quase nocauteado, mas em pé, Sebastian Vettel disse nesta quarta-feira que ainda pensa em ser campeão neste ano. Com 40 pontos de desvantagem para Lewis Hamilton faltando seis provas para o final do campeonato – Rússia, Japão, EUA, México, Brasil e Abu Dhabi -, o alemão da Ferrari responde com uma verdade matemática: "Ainda dependo de minhas próprias forças. Se vencer as seis provas, serei campeão, independentemente do que acontecer com o Lewis".
De fato, estão ainda em jogo 150 pontos. Se Vettel ganhar as seis corridas, chegará a 391 pontos. E se Hamilton chegar em segundo nas seis etapas, terminará com 389 pontos. Com um carro praticamente igual em condições com a Mercedes, o que conta no momento contra o piloto da Ferrari é seu retrospecto – e por consequência, a lógica – neste ano. Mesmo assim, Vettel afirma que continuará arriscando, e evoca Ayrton Senna e seu ídolo Michael Schumacher:
- O Ayrton sempre lembrava que 'se o piloto não arriscar, ele não é um piloto'. Por exemplo, na temporada de 2012, em Abu Dhabi, se eu não tivesse arriscado uma ultrapassagem sobre o Jenson (Button), não teria sido campeão. Tenho um estilo que me deu quatro títulos e 52 vitórias. Não tenho por que mudar.
Quanto a Schumacher, Vettel lamenta a situação de seu ídolo, porque, além de tudo o mais, gostaria de se aconselhar com o heptacampeão, que tenta recuperar a consciência após o acidente em uma pista de esqui ocorrido no final de 2013:
- Claro, não pediria conselhos para ele de como teria de pilotar, mas gostaria de contar com sua experiência dos bastidores e de tudo que cerca uma decisão de campeonato. E o Michael nunca deixou de arriscar também.
E os dois não gostam e não sabem perder.